sábado, março 12

Estou jogada no sofá, em pedaços - com cacos espalhados por toda sala, toda casa e todo cômodo que há dentro de mim -, e ninguém entende o fato de eu não querer que alguém apareça na minha frente e diga “conte-me tudo o que aconteceu”. Quero que alguém sente ao meu lado, me abrace como se pudesse afastar todo o mal, e diga que não se importa o motivo de minha tristeza, que nunca me deixará só. Poderia me xingar, dizer que é bobagem e que sofro por nada. Não me importaria com nenhuma dessas palavras, porque eu teria a certeza de que estava com um amigo. É só disso o que preciso agora, de alguém que não me deixe.
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